sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Vote em nossa enquete e nos ajude a fazer um Blog melhor pra você

É com grande satisfação que publicamos nossa primeira enquete. Ela está aí, no lado superior direito (de quem olha). Responda a enquete e nos ajude a fazer um blog melhor para você.

Se a enquete não é suficiente para você, nos deixe um comentário ou vários.

Grande abraço,

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Super homem: o perfil do profissional de Business Intelligence (BI)

"Super homem" ou "Super ser humano" para ser politicamente correto nos dias atuais, isso define bem o que se espera de um profissional de Business Intelligence (BI). O texto a seguir é baseado em meu conhecimento no mercado de SAP-BI, mas eu acho que o mesmo pode ser estendido a todas as outras ferramentas e, se não, aceito críticas e sugestões nos comentários desse post. :-)


Os anúncios de vagas e os headhunters não deixam dúvida: o mercado de trabalho de SAP-BW está aquecido, as demandas são crescentes e as taxas estão cada vez melhores. Mas como aproveitar essa curva de bonança? Até quando ela vai durar? Como se aproveitar dela?

Sinceramente não tenho pretenções de adivinhar até quando essa maré de bonança continua, mas eu sei uma coisa: devemos estar preparados. E como se preparar? Olhando as vagas (que são dezenas por dia em listas de discussões como: Oportunidades SAP e SAP_BW (da qual também sou moderador). O perfil de profissional mais procurado é mais ou menos assim:

  • profissional com 5 ou mais anos de experiência em SAP-BI,
  • conhecer ABAP é um bom diferencial (e requerido em algumas vagas),
  • treinamento é indispensável (mas a certificação geralmente não aparece como pré-requisito),
  • inglês é sempre um bom diferencial,
  • e pessoa jurídica (PJ) ainda é a forma mais comum de contratação.
Outras características também ajudam como por exemplo: conhecimento específico na indústria onde se vai fazer o projeto, conhecimento de processos de negócio e conhecimento de SAP R/3 ou ECC.

Olhando assim, o perfil procurado não seria um problema, certo?

O problema do super homem veio com a aquisição de diversos produtos da SAP e a divisão entre BI e EPM dentro da própria SAP. Em resumo, além do perfil "base" do profissional de SAP BW, o profissional precisa conhecer outras ferramentas, tais como:
UFA! Se a sua resposta natural é: ninguém pode ser especialista em tudo isso, eu devo dizer que concordo plenamente. Existem poucas pessoas que são capazes de se tornar especialistas em todas as ferramentas - e quando digo especialistas, quero dizer alguém que conheça tecnicamente a ferramenta E saibam COMO atender uma necessidade de negócio com aquela ferramenta.

A pergunta ainda está no ar: o que fazer quando não se tem o perfil acima? Simples: sejamos pragmáticos e construamos o perfil base e depois desenvolvamos os demais conhecimentos com base em oportunidade e facilidades. Ser super homem é o objetivo, mas antes de comprar a capa e a cueca vermelha, é preciso saber andar muito bem sozinho.

Grande abraço,

A Softtek entrou de vez no mundo de BI - update 2

Não, eu não recebo nada da Softtek mas já tive o prazer de fazer projetos com eles no passado e estou acompanhando com muito interesse esse novo passo da empresa descrito em meus dois posts anteriores: "A Softtek entrou de vez no mercado de BI" e "A Softtek entrou de vez no mundo de BI - update 1".

Como prometido, fomos atrás de mais informações sobre essa nova empreitada da Sofftek e graças a Patricia Apollonio, temos novidades. A má notícia para nós - curiosos em geral - é que aparentemente ainda existem alguns segredos que vão permancer guardados por mais algum tempo.

O novo produto foi desenvolvido inicialmente em COGNOS (IBM), mas a empresa já trabalha em uma versão que se utilize de ferramentas SAP. O produto é na verdade um conjunto de objetos, métricas e indicadores que podem ser reaproveitados por várias empresas permitindo um "quick win", ou seja, otimizar o tempo de projeto e trazer resultados mais rápidos aos clientes.

Usando o produto como base, o cliente pode desenvolver mais objetos e indicadores que aumentem o valor agregado e, claro, podem aumentar o esforço e o tempo de projeto.

Ainda segundo Patricia o novo produto "vai ser customizado para diferentes áreas da empresa, a primeira é para RH, já está quase pronto para vendas e em breve teremos para estoque, finanças e marketing".

Fiquemos antenados nas novidades.

Grande abraço,

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Softtek entrou de vez no mundo de BI - update 1

Como prometi no post "A Softtek entrou de vez no mercado de BI", entrei em contato com a Patrícia Apollonio, contato para a imprensa da Softtek, que gentilmente nos forneceu um texto explicativo, veja o texto aqui (publico o texto na íntegra e sem nenhuma alteração, não me responsabilizo por seu conteúdo).

Vou seguir buscando informações mais técnicas sobre o assunto e assim que tiver mais novidades vou postar por aqui.

Grande abraço e divirtam-se com o texto:

Vazio tecnológico ou oportunidade a médio prazo?

Hoje a TI INSIDE publicou um artigo sobre o "vazio tecnológico" enfrentada nas lojas varejistas. Veja o artigo aqui.

E para você: a não utilização de alta tecnologia nas lojas varejistas é realmente um problema ou uma oportunidade a ser explorada?

Grande abraço,

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Softtek entrou de vez no mundo de BI

Acabo de ler uma notícia no TI INSIDE sobre a Softtek entrar de vez no mundo de Business Intelligence. Infelizmente a notícia não fala sobre qual tecnologia, estratégia etc. Vou tentar descobrir detalhes e compartilho com vocês. Por enquanto, fiquem com o artigo da TI INSIDE clicando aqui.

Grande abraço,

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dashboard: visibilidade, resultados e dúvidas - Parte 2 de 2

Como prometemos!

No post anterior: "Dashboard: visibilidade, resultados e dúvidas - Parte 1 de 2", falamos dos aspecto conceituais de um Dashboard. Mas o mundo não é um conceito e saber utilizar conceitos em termos práticos é uma qualidade de poucas pessoas.

Pelo que pudemos observar, a equipe de IT da DIVICOM está fazendo um bom trabalho liderada por Rafael Quadrotti, gerente de Informática da empresa.

A receita parece fácil. A equipe do Rafael foi capaz de:

  1. reunir indicadores já existentes;
  2. utilizar-se de uma tecnologia de mercado já usada na empresa - Protheus - para evitar re-inventar a roda;
  3. conseguir o suporte de pessoas-chave na organização;
  4. ter o objetivo de resolver um problema na organização;
  5. manter a discussão nas necessidades de negócio e não em detalhes técnicos (veja mais detalhes no artigo: "Eu só quero um relatório simples que...").
Resultado? Um Dashboard simples, reutilizando ferramentas existentes e que de fato atenda a uma necessidade de negócio.

Ainda segundo o Rafael, a idéia não é parar por aí. A DIVICOM já está trabalhando em uma PoC (proof of concept - prova de conceito) em QlikView, colhendo os louros do primeiro projeto. Esse é o espírito, melhorar sempre trazendo valor ao cliente, seja ele interno ou externo.

Abaixo vocês podem conferir a entrevista na íntegra*:

BRINTELLIGENCE - Por que vocês iniciaram o projeto de Dashboard na DIVICOM e quem iniciou o projeto (IT ou alguém do negócio)?
Rafael Quadrotti: Ele se iniciou com uma proposta simples. Entendendo nosso cenário: a TI não possui budget fixo, com isso, todas as aprovações de custos pequenos ou grandes devem passar sempre pela direção financeira. Surgiram necessidades críticas de visão gerencial e de controles que precisavam de uma nova solução sistêmica centralizando diversas informações e definindo os atuais KPIs. Onde surgiram estas necessidades: no financeiro. Ótimo. Foi a oportunidade que encontramos para apresentar uma solução mais inteligente: um Dashboard. Não chegamos a encarecer o projeto, ao contrário, ele foi bem estimado. Desta forma este foi nosso início. Uma necessidade de uma área e uma oportunidade entendida pela TI.


BRINTELLIGENCE - Qual era o objetivo para a implantação do Dashboard? O objetivo foi atingido?
Rafael Quadrotti: O objetivo do Dashboard era a visualização de todas as receitas e despesas em um único local, gerando o resultado operacional da empresa permitindo o drilldown de informações até o nível de um usuário. (Importante, estamos falando de resultados em planos de saúde).

BRINTELLIGENCE - Vocês foram capazes de medir resultados gerados pela implementação do Dashboard?
Rafael Quadrotti: Não diretamente. Quando a ferramenta entrou em produção o antes e o depois foram perceptíveis. O ganho foi em gestão, tomadas de decisões mais rápidas propiciadas pela análise. Hoje esta ferramenta é o coração da gestão Financeira da empresa.

BRINTELLIGENCE - Como definiram os indicadores relevantes?
Rafael Quadrotti: Eles já existiam, traduzimos para uma ferramenta da mesma forma que o usuário estava acostumado.

BRINTELLIGENCE - De onde vem os dados mostrados no Dashboard?
Rafael Quadrotti: Do ERP, de sua base transacional.

BRINTELLIGENCE - Como foi o projeto? Traumático? Qual foi o maior desafio?
Rafael Quadrotti: O projeto foi tranquilo, pois não aguardavam ansiosamente. A entrega foi mais complicada, pois quando notaram o poder da ferramenta, fora inúmeras as solicitações de ajustes e melhorias para chegar ao ideal de vários gestores.

BRINTELLIGENCE - Falando em números: quantas pessoas participaram do projeto? Algum suporte de consultoria? Qual foi o investimento aproximado?
Rafael Quadrotti: 1 Gerente de Projeto, 1 Analista de Processos e Negócios, 1 Consultor SR., 1 Desenvolvedor SR., 3 Stake Holder e Sponsor: Diretor Financeiro.

BRINTELLIGENCE - Algum conselho para quem vai começar um projeto agora?
Rafael Quadrotti: Meu caso é muito peculiar, mas pode ser a fórmula para que tecnologias que aparentam ser muito caras possam ser adotadas nas pequenas empresas.
Os conselhos são os mesmos: atenção ao escopo do projeto; tenha um Sponsor realista e envolvido; foco nas entregas e aceite as alterações coerentes, pois estas alterações permitirão uma transição tranquila; documente; documente; documente; comunique; comunique; comunique. O cliente final precisa estar ciente de tudo. Sempre.

Sobre a DIVICOM: a Divicom é uma empresa de gestão na saúde, que aplica a experiência de cada profissional da empresa nos processos operacionais e estratégicos das organizações de saúde. O caráter inovador do escopo de serviços que a Divicom Administradora de Saúde desenvolve, considera soluções de gestão de custos, receitas e revisão de processos para o segmento da saúde, assim como também a consolidação de vantagens competitivas para operadoras, hospitais, empresas de autogestão e outras corporações do segmento.

Caso você também tenha um case interessante que queira dividir, entre em contato ou deixe um comentário.

Grande abraço,

* As respostas do Rafael Quadrotti foram escritas por ele mesmo, por isso, passaram somente pela revisão ortográfica. Concordância e pontuação não foram alteradas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dashboard: visibilidade, resultados e dúvidas - Parte 1 de 2

Chega um momento na vida de toda empresa e, mesmo na vida de todo executivo, em que já é tempo de criar um Dashboard.

Modismos à parte, um Dashboard pode ser muito útil no suporte à tomada de decisões. Mas o que é um Dashboard? Pra que ele serve? Como implementá-lo? Como torná-lo usável? Como garantir consistência? Qual tecnologia utilizar? Quais KPIs considerar? São apenas algumas das muitas perguntas confrontadas pelo pessoal de TI de cada empresa.

Para ajudar a responder essas perguntas, estamos publicando uma série de 2 artigos sobre o assunto. No primeiro artigo, este, abordaremos as questões mais conceituais. Na segunda parte, teremos uma entrevista inédita com Rafael Marchete Quadrotti, Gerente de Informática da DIVICOM e principal responsável pelo projeto de Dashboard lá.

Há alguns anos, eu fui um dos apresentadores de um case de Dashboard no SAPFORUM, você pode conferir a apresentação aqui. Apesar dessa apresentação ter sido feita em 2008, Dashboard ainda é um assunto em voga e merece atenção de profissionais de BI e executivos de TI.

Caso você esteja buscando uma definição mais "formal" sobre Dashboard, eu recomendo a versão resumida da Wikipedia que apesar de curtinha, tem links para diversas outras fontes. Com a evolução do conceito, Dashboards tem sido usados em áreas diversas - incluindo motivação e auto-ajuda. Um exemplo pode ser visto nesse vídeo:



De acordo com minha experiência, um Dashboard é: um conjunto de indicadores apresentados com visualização otimizada (gráficos, tabelas resumidas, links para mais informações) sobre um determinado assunto.


A definição proposta acima não é acadêmica, mas eu a considero bastante completa:

  • um conjunto de indicadores --> porque um indicador sozinho não caracteriza um Dashboard;
  • com visualização otimizada --> porque um monte de tabelas juntas ou gráficos que ninguém entende não caracterizam um Dashboard;
  • sobre um determinado assunto --> é importante ter FOCO ao se construir as visualizações do Dashboard. Três fatores são limitantes:
    1. o espaço disponível na mídia de apresentação (a tela do computador, por exemplo)
    2. a quantidade de informação que uma pessoa pode assimilar (numa regra não científica, algo em torno de 7 indicadores no máximo)
    3. por último e mais importante, o bom senso. É importante não colocar informações inúteis no Dashboard apenas porque "alguém pode querer ver". Pior que não ter informações é ter informações confusas e desencontradas.
Na próxima semana, publicaremos o case da DIVICOM com o Rafael. Até lá.

Grande abraço,

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Business Intelligence e sua influência na operação

Desde que comecei a trabalhar com BI, há pelo menos 6 anos, tenho tido recorrentes discussões sobre o mesmo assunto: até que ponto BI pode e deve se "misturar" com a operação?

Desde muito tempo venho discutindo este mesmo assunto com muitas pessoas: desde estagiários até diretores de grandes empresas. A pergunta varia um pouco, o ambiente também, mas no fundo a questão é a mesma: podemos utilizar ferramentas e conceitos de BI para endereçar assuntos operacionais?

A resposta simples e direta é SIM. Isso mesmo, você não leu errado. Vou escrever uma vez mais: sim, podemos utilizar ferramentas e técnicas de BI para endereçar, analisar e monitorar temas operacionais. A segunda parte dessa afirmação, no entanto, deve ser dita: sim, podemos utilizar ferramentas e técnicas de BI para endereçar, analisar e monitorar temas operacionais contanto que esses temas operacionais estejam ligados e/ou impactem a estratégia da empresa.

Na prática o que eu quero dizer é que faz sentido mostrar num Dashboard corporativo um indicador de giro de estoque CASO manter os estoques sob controle e sem falta de material seja uma decisão estratégica da empresa e seja crucial para o negócio da empresa. Para essa afirmação, alguém diria: monitorar o estoque é SEMPRE relevante para todos os negócios. Minha resposta é direta: sim, MAS esta medida é mais ou menos importante dependendo no seu negócio.

Caso você tente comprar um carro novo e faça questão de escolher cor e alguns acessórios você certamente precisará esperar por seu carro, porque ele não está no estoque. Neste caso, medir stockout (quantas vezes perdemos venda por não termos produto no estoque) simplesmente não faz sentido.

Em contra partida, medir o tempo decorrido entre a venda e a entrega do carro faz todo sentido do mundo, uma vez que este pode ser um diferencial competitivo determinante para a realização da compra.

Ou seja, na minha opinião, o que define se um indicador deve ou não ser parte do BI de uma empresa não é e não pode ser sua classificação como operacional ou estratégico, MAS sim sua importância para o negócio de uma determinada empresa em um determinado plano estratégico.

Grande abraço,